20110228

28/02 despedida

foto de Ruy Teixeira de um detalhe no Star Woods Hotel, nas Ilhas Virgens.
Projeto da arq. Patricia Urquiola, espanhola radicada em Milão.

Me despeço de fevereiro. O mês mais curto do ano e o mais generoso, tendo doado dois de seus dias para janeiro se pensarmos na lenda da Merla.

Foram 28 dias intensos, em muito sentidos, mas sei também que poderiam ter sido mais. Não me despeço com saudosismo, me despeço com a vontade e a certeza de que terei mais tantos assim.
Um mês contraditório, que representa o carnaval, o verão e ao mesmo tempo um inverno nem tão cinzento mas muito frio e longo.

Abro a minha perspectiva para um futuro, onde todas as possibilidades têm chance para acontecer.

E fecho muito bem ao presenciar um encontro com aquele tipo de pessoa que mostra que o futuro pode ser bom, a sua vida pode ser boa desde que você faça o que gosta. O talento tem a sua recompensa!

Momento filosofia acabando, vou para a prática.

RUY TEIXEIRA

Um nome que não me era estranho, um fotógrafo que já trabalhou com moda e agora parte para o design. Brasileiro que mora há mais de 20 anos na Itália. O que me chamou a atenção: muito voltado para o design e para a arquitetura, além de estar sintonizado com a luz, não só como componente de uma foto mas como elemento-objeto.

a Biblioteca François Miterrand foi cenário para um de seus trabalhos.

a cadeira panton também foi fotografada por ele!

Dá uma conferida no site que vale a pena!

20110227

[design] MOSCHINO: um hotel muito peculiar

Eis que estamos na semana Milano Fashion Week, que começou no ultimo 23 e vai até dia 01 de março.

Tenho que admitir que sou simpática à moda. Claro, gosto de saber o que está rolando por aí, mas também não é que vou seguir a qualquer custo. Morando na capital da moda, posso dizer (sem idéia se devo ter vergonha ou não), que não sei dizer o estilo dos mais famosos estilistas. Quando falo isso a qualquer mortal italiano, me olham como se eu fosse um ET. Só falta perguntar: mas onde você vive?

Porém, como mais do que da moda eu gosto de tudo que mexe com arquitetura, comportamento, design, aproveito esse momento "fashionista" e apresento um hotel muito bacana, cool, trendy e tudo o mais.



a fachada foi totalmente preservada e restaurada.


O desfile foi sexta-feira, mas o Hotel da marca, inagurado no primeiro trimestre do ano passado, sediado em um edifício histórico - antiga estação ferroviária - e muito bem localizado (do lado do bairro dos "artistas" e do design - BRERA), teve como idéia a união da moda com a arquitetura no seu interior.

Cada espaço foi meticulosamente pensado. Mas brincaram e muito na hora de fazer os quartos!

Ao todo são 65 suítes, todas elas surreais, às vezes mais às vezes menos, porém com muito estilo, fazendo jus ao nome que o hotel carrega.

Fruto de uma colaboração entre Rossella Jardini - diretora criativa da Moschino - e Jo Ann Tan - diretora de arte nascida na Malásia e que desde 1998 é a responsável pela imagem da marcam, que estabeleceram que 16 das 65 suítes teriam temas particulares. Entre elas estão:

A suíte de Alice - sim, a do país das maravilhas.
A suíte Pétalas
A suíte Floresta
A suíte "Dormindo em um vestido de gala". Essa última deve o nome ao vestido de veludo vermelho que faz as vezes de cabeceira e depois se transforma na própria cama.






Além dessa dupla pra lá de dinâmica, outros nomes muito importantes do ramo hoteleiro made in Italy participaram, do Spa Culti, ao restaurante de Moreno Cedroni - famoso chef do restaurante Clandestino em Portonovo. Para a Maison, ele criou kits servidos em uma 'caixa de sapato', por exemplo.

O site é muito bacana e apresenta bem todo o conjunto de ambientes. Quem quiser pode se animar com as promoções oferecidas, para lua-de-mel, weekend design, etc.

Ingresso do Hotel

Lobby
e as ovelhas continuam também pelas ecadas...




20110226

Let's dance!

Sábado de sol, 11.15 da manhã. 

O tempo está lindo, este é o quarto sábado consecutivo de sol aqui em Milão, e não estou me incomodando nem um pouco por ter que trabalhar... só de ver da janela que tem o sol fico feliz!

Mas antes de começar o trabalho de verdade, vamos ao que interessa:


LET'S DANCE! 


Já estou pronta pra sair hoje à noite. Bem que poderia ser com esse sapato.

Pegando a deixa do blog naovousairassim.blogspot.com que toda sexta-feira coloca (ao menos) um sapato, vou postar o meu tb!

LORIBLU 


Amo essa marca, e desde que abriram uma loja perto do meu trabalho e sou "obrigada" a passar por ela todos os dias, vou adicionando mais um na minha lista 'sapatos dos sonhos'! Ainda mais quando a coleção sai de um inverno básico cinza-preto-nude para as cores da primavera.

* Os apaixonados por sapatos que quiserem dar uma olhada no site, tenho certeza que vão gostar de vários modelos.
www.loriblu.com

* E para quem quer uma trilha sonora para o post:
David Bowie - Let's Dance





20110223

[lighting] brincando com a luz

Enquanto meu computador vai se negando a abrir os programas que preciso para trabalhar, arrumo esse post, uma colagem de algumas luminárias que me chamaram a atenção.

Há algumas semanas me deparei com uma matéria sobre um tapete um pouco diferente do normal. Entre as fibras foram inseridos LEDs, literalmente uma boa idéia para iluminar o seu caminho!
A criação é holandesa, do estúdio Lama Concept 

CELL MULTICOLOUR



O tapete CELL, primeiramente criado só como tapeçaria em lã (modelo ELL), teve o LED integrado em uma versão posterior. A idéia foi justamente guiar as pessoas sendo aplicado na classe business de um Airbus 350 durante o Paris Airshow.

Em junho de 2007 foi lançada a série Multicolour, 5 cores em três nuances por modelo e sempre com a característica listra em branco ou preto. 





O legal dele, além da originalidade é que pode ser feito em qualquer tamanho! Ao menos diz isso no site... ;-)


*     *   * *     *     * *   *     *

Continuando na brincadeira de iluminação, que tal um jogo de ilusão ótica? É o que o estúdio sueco&norueguês Hareide Design fez para a Nortern Lighting no ano passado. Sabe a tradicional luminária de mesa? Então, ela não é mais de mesa, e ninguém está louco!

ILLUSION






Apresentada na Feira de Móveis de Estocolmo este ano e combinando duas funcionalidades, ela surpreende com a percepção de "flutuar" no ar, desafiando a gravidade. Suspensa através de estrutura fixada no teto e ancorada por um peso no chão, a base da mesa foi pensada como um apoio para pequenos objetos, transformando-se em uma mesinha "lateral".


E então, se inspirou??



20110222

pra colocar na parede iii. FOTOS

Esse é um tema que rendeu muito e continua rendendo.

AMEI TUDO!!! cor da parede, textura, cadeira, madeira com cinza, flor, vaso, fotos, lâmpada


No campo da "colagem" de elementos na parede, eis que vi hoje no site apartmenttherapy.com algumas imagens inspiradores sobre como decorar com fotos sem molduras.

Aproveitando a deixa, coloco aqui as que eu mais gostei!


boa idéia para colocar fotos de pratos e comidas inspiradores!


a escada conta a "história" dos moradores para quem passa

mas não precisa ser fixado na parede. estilo varal vai super bem tb! e ainda mais com as fotos em estilo de negativo!!
 
E aproveitando a deixa da deixa, coloco algumas fotos de um projeto realizado em 2007: a casa de tatuagem do Edu Tattoo em Porto Alegre. Em parceria com as arquitetas Cíntia Gusson Etges e Karen Bammann foi um desafio: 40 dias para projeto e execução, no estilo Miami Ink. Isso sim que é brincar com a criatividade.


a "sala de ingresso": uma amostra daquilo que se pode tatuar.

as tatuagens também viram quadros.

ou adesivo na parede... já pensou se é a sua tatuagem ali!

"bancada de trabalho": onde nasce a idéia do que tatuar

detalhe: como os desenhos são temporários, nada mais prático que pregadores.

[carnaval] 4: Pulcinella

E essa semana vamos em direção ao sul da Itália: 

PULCINELLA

  

Máscara originária de Nápoles, mais especificamente Acerra, POLECENELLA, é tão importante para a região que desde 1992 tem um museu todo seu: www.pulcinellamuseo.it, foi inventada oficialmente por Silvio Fiorillo na metade de 1500.

Ao contrário das máscaras anteriores que representam personagens urbanos, essa nasceu em um contexto campestre, um conterrâneo estúpido e engraçado.

Como as demais máscaras, existe mais de uma versão para a sua origem, muito mais antiga que a sua oficialização. 
* Para alguns, Puccio D'Aniello entre outros, e estou falande de pessoas que realmente existiram durante a época medieval (!), deram corpo e alma ao primeiro Pulcinella. Mas por que Puccio D'Aniello ficou famoso: porque ele foi retratado pelo pintor Annibale Carracci no quadro que inspirou Silvio Fiorillo.
* Já para outros o nome vem de Policinello, que seria um pintinho e por isso a sua máscara com o nariz tão pontiagudo que lembra um bico. E essa é a versão mais simples.
* A terceira versão é que o personagem herdou de Maccus da Comédia Atellana. Ele é um dos personagens mais bobos e engraçados, às vezes sátiro, servo com um nariz comprido e rosto irregular e uma boa pança! Suas roupas eram largas, camisa e calças brancas, além de portar uma "meia" máscara. A Comédia Attalana, um tipo de espetáculo muito popular na Roma Antiga, podendo ser comparada ao teatro popular de hoje, havia um público de classe baixa, era apresentada na região da Campania (século IV a.C.).  Porém e sempre tem um porém, muitos dizem que a máscara lembra mais outro personagem da Comédia, Kikirrus, que já pelo nome remete ao canto do galo - vide o post - e daí viria o nariz da máscara de Pulcinella.


Mas eis que Pulcinella virou o antagonista de Arlecchino!!!! 
Isso aconteceu quando a Cia Treatal levou a peça de Nápoles ao norte da Itália. 

20110221

um pouco de verde.

VERTICAL GARDEN DESIGN



Mais uma segunda-feira com a manhã cinza aqui em Milão. Em um inverno longo demais para o meu gosto, falta um pouco de verde na paisagem.

Para vencer esse "marasmo monocromático", achei interessante publicar o trabalho de Michael Hellgren, arquiteto e paisagista sueco, que desde 2004 fundou o Vertical Garden Design: porque nós não precisamos de apenas superfícies horizontais para criar um belo jardim. A idéia partiu da tese final de graduação, o fatídico TFG, em base a uma técnica desenvolvida por Frenchman Patrick Blanc.

Natura Tower, Lisboa. Sede da MSF Offices
Vamos às vias de fato:
O sucesso da instalação depende da escolha adaptada ao contexto onde será colocada, ao micro-clima e à exposição solar natural.Quanto melhor aplicada for essa parede verde, exigirá uma menor manutenção no futuro.
A grande sacada está em escolher bem as espécies de plantas. Uma parede vertical recebe a luz na transversal, e não na zenital como acontece em um solo normal. Saber como a vegetação se comporta nessa situação é essencial, ainda mais ao longo de todas as estações do ano. Por isso, uma boa variedade de plantas não só resulta em uma parede mais interessante, como é sempre instigativa, mutável.

 Loja conceito da Replay em Firenze. Modelo repetido na nova loja em Milão.

Como se faz: 
A estrutura que suporta o jardim é feita com base em PVC-board 10mm tendo uma câmera de ar que a separa da parede do edifício (isso para impedir a umidade). Sobre essa base, são fixadas diversas camadas de um material sintético e altamente absorvente, tipo um feltro, e através de rasgos são inseridas as plantas. Esse mesmo material  ajuda também a suportar mecanicamente as plantas conforme elas forem crescendo.Como não existe terra, essa estrutura acaba sendo muito leve.
A irrigação também é calculada para desperdiçar o mínimo possível de água: a superfície vertical é dividida em zonas que respeitam a diferença de exposição solar e calor recebidos. Inteligente, não?
A iluminação também foi calculada (nessa hora fico imensamente feliz em ver que o meu trabalho tem serventia!).
O sol emite mais de 100mil lux (!). * isso significa muita luz realmente se pensarmos que uma noite estrelada tem 0.1lux. Por isso, sendo a instalação do jardim vertical feita no interior de edifícios, deve ser complementada com uma iluminação artificial. Poucas espécies sobrevivem com menos de 900lux porém acentuar a luz em alguns pontos é uma abordagem para poder utilizar várias espécies ao mesmo tempo. * já que uma iluminação uniforme como a do sol é quase impossível de simular em uma parede, em distância e distribuição luminosa, pois o a luz parte de um ponto (esférico ou linear) e muito mais próximo à superfície.


um pouco de verde no banheiro também pode ser uma boa idéia

o metrô também ganharia ares mais limpos...

E você, vê utilidade em mais situações?

20110216

italia: that's amore iii

Não podia deixar de mencionar mais uma coisa tipicamente italiana.

Além da pizza, do capuccino com brioche no café-da-manhã, do gelato, do chocolate, da buonissima pasta, risotti, queijos, vinhos e outros tantos fatores gastronômicos, ELE também merece destaque:

CAFÉ ITALIANO

Todo italiano ou cidadão que mora nesse país não tão tropical e que é um bom anfitrião, DEVE ter na sua casa uma Bialetti. Não estou falando do café expresso, mas sim da Moka.

Esse tema veio à tona com a matéria que eu li no site www.designboom.com, falando da nova Bialetti da Alessi. Se você pensa que só calçados, roupas e acessórios pessoais são lançado de acordo com as estações, está muito enganado. Para a primavera/verão de 2011 a empresa convidou o arquiteto e designer italiano Alessandro Mendini para criar uma 'cafeteira' em homenagem à família Alessi. 

A moka do Mendini é uma reinterpretação da original, porém mais curvilínea. A idéia é tornar esta mais um ícone da marca, disponível no catálogo por um preço acessível.




Mas e esses nomes, de quem são?

Na década de 30, Alfonso Bialetti inventou e fabricou a primeira 'moka express' que acabou se transformando na cafeteira padrão na Itália. Esse mesmo Alfonso era o avô materno dos irmãos Alessi, que fundaram uma das maiores marcas de produtos de design italiano, famosa no mundo inteiro. Tudo entre famílias, sacou? Isso é Itália, isso é "that's amore".




O "omino con i baffi", homem com bigode, desenhado pelo publicitário Paul Campani nos anos 50. Um sucesso de criatividade pois onde tem essa imagem, todos sabem que o produto é do grupo Bialetti.

até ele foi inspiração para o nosso amigo "Borat".



post-scriptum: O que me faz divertir tendo esse blog é que eu acabo aprendendo sempre mais. Esponjinha em ação!

um pouco de cor.

4° dia sem sol. 3° dia com chuva: isso é Milão.


Para quem não sabe, a capital da moda italiana é muito cinza. Principalmente durante o inverno. O céu branco acinzentado, com nuvens espessas entra na mesma paleta de cores de grande parte dos edifícios de pedra.
E não só a cidade em si, mas é muito difícil ver os milaneses vestindo roupas coloridas durante o ano, quanto mais nessa época de frio. Sim, são todos elegantes com seus casacos, giubotto, piumino, pretos, cinzas, um pouco de branco e agora tendência nos últimos anos, o nude, com tons de bege e marrom.

MAS não é à toa que o nome desse blog é "Lente Colorida". Na falta de cor externa, publico aqui uma casa um pouco mais alegre.





fonte: www.apartmenttherapy.com

20110215

[lighting] clamp

Sessão design de luminárias! 

Algumas formas são mais do que reconhecidas e significam sucesso sempre, combinando com quase tudo e sendo um curinga em momentos de dúvida. Estou falando do tubinho preto da iluminação: luminárias suspensas em forma de cúpola.

E isso não quer dizer que todas são iguais. A criatividade do designer faz (e muito) a diferença. Vamos a elas:

Nur

uma "nova" clássica da Artemide lançada em 2007, design do próprio dono da empresa Ernesto Gismondi. Tem em várias versões, a começar pela lâmpada, fluorescente e vapor metálico (com acessório inferior para não ofuscar), e halógena; várias dimensões, de 36 a 90cm de diâmetro, com efeito de luz colorida ou não, e várias cores, desde as metálicas opacas até preta e branca gloss. Ou a pedidos alguma cor em especial, como a vermelha que se encontra no McDonalds da Itália. Emissão de luz direta e indireta.


Skygarden
É da concorrência (FLOS), mas eu AMO essa luminária. Outra produção made in Italy. Externamente é super simples, o detalhe fica todo para a parte interna dela. Desfrutando da máxima reflexão que a cor branca oferece, o detalhe floreado em alto relevo foi o insight que Marcel Wanders teve em 2007. Disponível com lâmpada halógena ou a vapor metálico e duas dimensões. Como acabamento existe nas versões dourada, bronze opaca, branca e preta gloss. Emissão de luz direta.


Clamp
Produção própria dos arquitetos e designers italianos Andrea di Filippo e Enrico Zanolla, proprietários do DZstudio, essa luminária trabalha com o conceito oposto da Skygarden. O detalhe dela está na parte exterior, inspirada nos sofás Chesterfield*. Lançada este ano, é feita em couro preto ou branco com efeito Capitonné, e internamente revestido com folha de ouro, preto ou branco opaco, ou ainda braco lacado, "garantindo um toque de glamour e classe ao ambiente." Palavras dos criadores. Emissão de luz direta.

E por último, mas não menos importante, vamos deixar bem claro que o design brasileiro vem ganhando muito espaço nos últimos anos.


Bossa

Desenhada por Fernando Prado, para a Lumini, a sacada genial dessa luminária é o fato de poder "brincar" e escolher que tipo de iluminação você prefere. Só direta, só indireta, as duas? No momento em versão só para lâmpada incandescente, ela é disponível nas cores branca e preta foscas (externamente) e o interior sempre em branco fosco. Desde que foi lançada, ela já ganhou diversos prêmios!


E então, você gostou de alguma?


* as poltronas e sofás Chesterfield surgiram na Europa do século XVII, ficando famosas durante o reinado da Rainha Vitória.

20110213

[carnaval] 3: Pierrot

Terceiro personagem a ser revelado, ao meu ver a máscara mais famosa de todas. Nunca entendi como alguém no Carnaval podia ter uma lágrima no rosto... aquela melancolia que normalmente a criança não entende.

Vamos então à mascara do dia:



PIERROT

Temos duas versões para a sua origem:
A primeira parte do da idéia de que não é original da Itália mas que teria vindo da França. Seria uma poucas máscaras "importadas". Nota: fato extraordinário em uma terra que valoriza acima de tudo as suas tradições locais. 
Por isso a segunda versão pode, ou ser uma tentativa de nacionalizar o personagem ou então ser a verdadeira: o nome Pierrot seria a versão francesa de Pedrolino, da Commedia dell'Arte, no final do século XVI.

Mas continuando com a história, a princípio Pierrot era um servo considerado bobinho e ingênuo. Só que o ser preguiçoso dele escondia uma inteligência como de poucos. Correto no falar, muitas vezes ele corrije os patrões e finge não entender quando quer, fazendo exatamente o contrário daquilo que ordenaram. 
Com o tempo se transformou num clássico personagem romântico, violeiro, apaixonado e sempre com um ar de tristeza sob a sua veia cômica, perdendo um pouco esse lado "debochado" com o patrão. Essa seria uma adaptação para o teatro francês (de acordo com a segunda versão).



Traje: camisa ampla, estreita na cintura, e calças brancas. Acessórios em preto.