20110202

fevereiro = carnaval?

Ok, esse ano não vai ser fevereiro o mês do carnaval. Porém quase sempre é.

Por isso continuo o meu discurso do post todo carnaval tem seu fim e começo a apresentar o Carnaval nem tão conhecido da Itália.
Obviamente temos que pensar que aqui faz frio. Nada daquela zoeira no bom calor do verão brasileiro. Nem tudo é perfeito. Mas nem por isso deixam de festejar o momento, tradicionalmente na quinta-feira e terça-feira gorda (martedì grasso).
O mais famoso e conhecido no mundo é o de Venezia e suas máscaras, atraindo a cada ano milhares de turistas para participar do folclore. Mas internamente no país a festança na cidade de Viareggio é tão importante quanto a primeira. 

E você sabia que as máscaras na verdade são de personagens que representam diversas cidades?
Começando aos poucos:

COLOMBINA
cidade: Siena, região da Toscana (para quem lembra do filme Sob o sol da Toscana)
traje típico: corpete e uma saia rodada, com uma espécie de casaco com bolsos onde possa esconder os bilhetinhos amorosos. Na cabeça é colocada uma espécie de lenço em "crista", típico das camereiras, preso com uma fita.



A mais conhecida entre as fantasias femininas. (primeiro as damas, nos próximos posts apresento os cavalheiros!). 
Serva de Pantalone e namorada de Arlecchino, o texto mais antigo onde é citado o seu nome é:  Cicalamento in canzonette ridicolose de 1646, escrito por Carlo Cantù. 
Nasceu no século XVI e o seu nome foi atribuído quando Isabella Franchini, famosa atriz que a interpretou, carregou um cesto com duas pombas (colomba em italiano).
Colombina entrega bilhetes, cartas secretas e organiza encontros longe dos olhos indiscretos. Às vezes pode ser mentirosa, mas sempre por um bom motivo e não há papas na língua, fala o que tem que falar quando o seu cortejador é muito saidinho. Muito vaidosa procura sempre ter a aparência em ordem e atraente. 
O seu eterno namorado, Arlecchino ou Arlequim, tem que se comportar, sem gracinhas com as outras, Corallina ou Ricciolina, porque ela simplesmente não aceita essa escapadela.
A sua personalidade, vivaz e ao mesmo tempo maliciosa, com uma pitada de esperteza a transforma em um dos personagens mais amados e lembrados do público.

Ou como diria Ed Motta em uma das minhas músicas favoritas:

Colombina, hey!
Seja minha menina, só minha
Bailarina, hey!
Mandarina da China, rainha
Quero ser seu rei!
Um rei momo, sem dono, sem trono
Abram alas pro amor!

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