Um recente estudo mostra que o nosso país cresce no mesmo ritmo da China, se tornando um dos mercados mais interessantes no sistema Fashion.
Posso dizer particularmente que em tantas coisas nos destacamos: as
roupas, por exemplo, não são somente pelos cortes mais fluídos, mas também pelas cores, as estampas; o mais normal de se encontrar aqui em Milão são pessoas nos tons neutros, predominantemente preto ou cinza, e no máximo uma ou duas cores.
Missoni é um dos poucos que se destaca da média geral. Nos sapatos duas marcas mais do que famosas são a Melissa e as Havaianas. Nos últimos anos têm entrado com bastante força também a Ipanema. Da primeira, Melissa, virou até fonte de inspiração para a
Kartell começar a se introduzir nesse ramo também, produzindo rasteirinhas muito parecidas com as nossas tupiniquins.
Mas voltando ao artigo do site, como primeiro parágrafo eles citam os maiores pontos turísticos quando se pensa em Brasil por esses lados. Logo de cara, diz para esquecer o Pão-de-Açúcar, o carnaval. A Fundação Altagamma, que compreende as maiores empresas de qualidade daqui, afirmou a importância, o crescimento e a autonomia do Brasil para o mercado fashion italiano. Como um dos pontos chaves, eles se concentram no fato de que a crise mundial de 2009 afetou pouquíssimo a nossa economia, e mesmo a confusão atual está sendo menos sentida se compararmos com o resto.
"Os consumidores brasileiros mostram uma maior abertura na procura do bem-estar, e sempre um maior interesse pelos bens de consumo, principalmente da moda." Quem afirma isso foi ninguém menos que Paolo Anselmi, vice-presidente da GFK-Eurisko.
Nesse panorama do nosso quadro sócio-cultural, em 2010 a faixa de população que tem um capital líquido de ao menos 1 milhão de dólares teve um crescimento de 5%, enquanto que os milionários são mais de 5.000 pessoas. Milionários eles entendem quem tem mais de 30 milhões de dólares na carteira. Ok, estou um pouco longe disso. Os artigos de luxo são cada vez mais procurados pelos brasileiros.
Carlos Jereissati, CEO do grupo Iguatemi, prevê um aumento da classe média chegando a representar 60% da população até 2014. Para ter uma idéia, em 2002 a classe média correspondia a 38%.
O estudo da Bain&Co evidencia três tipos de consumidores:
1. Os já nascidos muito ricos, com um consumo mais tradicionalista nos bens de luxo;
2. Os expatriatos que trabalham no país;
3. E os jovens concentrados nas grandes metrópoles - Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília - que têm como característica de consumo a mesma da Europa. (no artigo eles usaram o termo "ocidental" ao invés do que eu coloquei como europeu... na verdade eles ainda não tem uma ideia clara sobre a cultura brasileira na sua complexidade, infelizmente, e não entendem que somos até mais ocidentais do que eles mesmos!)
Como nem tudo que reluz é ouro, os pontos fracos do Brasil são apontados principalmente como as altas taxas de importação que acabam deixando os produtos muito caros, duplicando-os em relação aos valores encontrados nos mercados americano e europeu, e a burocracia que acaba atrapalhando a difusão das marcas estrageiras no país.
O que importa é que toda grande marca já viu a importância do Brasil para o futuro próximo, já que os problemas são muito menores do que os pontos positivos, e altamente resolvíveis.
Então que venha finalmente o progresso com toda a sua potencialidade!